segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

MÚSICA NA SALA DE AULA

A música em sala de aula
Disciplina: Geografia
Ciclo: Ensino Fundamental - 6
a 9⁰ Ano
Assunto: Urbanização, cidades
Tipo: Metodologias

A riqueza do cancioneiro popular brasileiro possibilita ao professor e alunos analisarem a nossa realidade de modo cada vez mais interessante, vivo e crítico. Isso porque a música pode ser eficiente quando o objetivo é sensibilizar os alunos para a discussão de temas importantes, que ajudam a formular conceitos e estimulam a curiosidade.

Delimitado o tema a ser tratado em sala de aula, é interessante que o professor procure músicas que possam agradar aos alunos e trazer conteúdos que contribuam para a análise crítica do mundo, do país e do local em que vivem.

Para se trabalhar, por exemplo, com o tema urbanização/cidades, um caminho possível nessa perspectiva de trabalho é recorrer a músicas:*
Minha Sereia (Carlos Moura) – Região Nordeste, *Amazônia (Roberto Carlos) – Região Norte, *Sampa (Caetano Veloso) – Região Sudeste). *OBS. A música a ser trabalhada vai depender da Região e o Estado onde você está localizada, isto é, da sua realidade. Para baixar a música www.youtube.com.br

Procedimento:
Ø  A classe ouve a música, acompanhando a letra.
Ø  Professor e alunos analisam e interpretam a letra.
Ø  Todos ouvem pela segunda vez a música, se possível cantando juntos.
Ø  Em seguida, o professor pode formular a seguinte questão: “Que imagens traduziriam visualmente o assunto tratado nessa música?”

Depois disso, o professor propõe aos alunos a localização de fotos, slides, gravuras, cartões postais que tenham alguma relação com essas músicas. Se houver condição, é interessante que eles fotografem o bairro e/ou a cidade.

No dia marcado para a apresentação do material coletado ou produzido, os alunos podem elaborar painéis, cartazes, ou projetar as imagens pesquisadas ao som da música escolhida. Os alunos também podem acrescentar ao material breves comentários sobre a importância do trabalho por eles realizado.


Minha Sereia
Mergulhar no azul piscina
Um mar de Pajuçara
Deixar o sol bater no rosto
Ai que gosto que dá
(Bis)
E as jangadas partindo pra o mar
A pescar minha sereia
Maceió, minha sereia(3x)
Mergulhar no azul piscina
Um mar de baixo Saara
Deixar o sol bater no rosto
Ai que gosto que dá
(Bis)
E as jangadas partindo pra o mar
A pescar minha sereia
Maceió, minha sereia(3x)
Amazônia
Tanto amor perdido no mundo
Verdadeira selva de enganos
A visão cruel e deserta
De um futuro de poucos anos
Sangue verde derramado
O solo manchado
Feridas na Selva
A lei do machado
Avalanches de desatinos
Numa ambição desmedida
Absurdos contra os destinos
De tantas fontes de vida
Quanta falta de juízo
Tolices fatais
Quem desmata, mata
Não sabe o que faz
Como dormir e sonhar
Quando a fumaça no ar
Arde nos olhos de quem pode ver

Terríveis sinais de alerta, desperta pra selva viver
Amazônia, insônia do mundo
Amazônia, insônia do mundo
Todos os gigantes tombados
Deram suas folhas ao vento
Folhas são bilhetes deixados
Aos homens do nosso tempo
Quantos anjos queridos
Guerreiros de fato
De morte feridos
Caídos no mato
Como dormir e sonhar
Quando a fumaça no ar
Arde nos olhos de quem pode ver

Terríveis sinais de alerta, desperta pra selva viver
Amazônia, insônia do mundo
Sampa
Caetano Veloso
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e Avenida São João.
É que quando eu cheguei por aqui
Eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas,
Da deselegância discreta de tuas meninas.
Ainda não havia para mim Rita Lee,
A tua mais completa tradução.
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e Avenida São João.
Quando eu te encarei frente a frente
Não vi o meu rosto,
Chamei de mau gosto
O que vi de mau gosto, mau gosto.
É que Narciso acha feio
O que não é espelho
E a mente apavora
O que ainda não é mesmo velho,
Nada do que não era antes
Quando não somos mutantes.
E foste um difícil começo,
Afasto o que não conheço
E quem vem de outro sonho feliz de cidade,
Aprende depressa a chamar-te de realidade,
Porque és o avesso do avesso,
Do avesso do avesso.
Do povo oprimido nas filas,
Nas vilas, favelas,
Da força da grana que ergue
E destrói coisas belas,
Da feia fumaça que sobe
Apagando as estrelas,
Eu vejo surgir teus poetas
De campos, espaços,
Tuas oficinas de florestas,
Teus deuses da chuva.
Pan Américas de Áfricas utópicas
Do mundo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi,
Que os novos baianos passeiam
Na tua garoa
E novos baianos te podem curtir
Numa boa.

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