quinta-feira, 16 de maio de 2013

Adaptação dos ODM ao contexto nacional brasileiro



As metas dos ODM não foram criadas para ser um modelo único. Elas devem se adequar ao contexto de cada país ou região, tendo em vista o comprometimento com a aceleração do desenvolvimento humano. Cada país realizou pequenos ajustes nos ODM, aprimorando-os, principalmente em relação às metas e indicadores, procurando adequá-los a suas próprias necessidades e circunstâncias.
O Brasil, por exemplo, definiu compromissos mais ambiciosos do que os previstos nas Metas do Milênio. Como o país avançou rapidamente e alcançou duas metas referentes ao Objetivo 1 muito antes de 2015, foram definidas metas mais ousadas. A chamada meta 1A brasileira propõe reduzir a um quarto, e não apenas à metade, o número de pessoas vivendo em situação de extrema pobreza. A meta 1C brasileira prevê a erradicação completa da fome até 2015.
Em relação ao Objetivo 2, o país já quase atingiu a universalização do Ensino Fundamental. Tendo em vista os altos índices de evasão escolar e a defasagem idade-série, o desafio agora, refletido na meta 2A brasileira, é garantir que, até 2015, as crianças de todas as regiões do país que estão na escola, independentemente da cor da pele e sexo, concluam o Ensino Fundamental.
Ocorreram avanços na área de saúde, mas o progresso tem sido lento no que se refere à saúde da mulher, prevista no Objetivo 5. Por essa razão, além da meta de diminuição dos óbitos maternos, o Governo Federal estabeleceu duas novas metas. A meta 5B brasileira busca promover a cobertura universal por meio de ações de saúde sexual e reprodutiva até 2015 na rede do Sistema Único de Saúde  (SUS). Já a meta 5C brasileira propõe que o crescimento da mortalidade decorrente dos cânceres de mama e de colo de útero no país seja estagnado e que, até 2015, se comece a inverter a tendência de alta nesses números.
Por meio da meta 6C brasileira, que diz respeito ao Objetivo 6, o Brasil se compromete a deter o avanço da malária e da tuberculose e a reduzir suas incidências. A hanseníase também é alvo dos ODM brasileiros. A meta 6D brasileira foi acrescentada para eliminar completamente essa doença no país até 2010.
A adaptação dessas metas ao contexto nacional e a criação de novas metas geraram a necessidade de também se desenvolver novos indicadores para medi-las. O processo de ajuste das metas e dos indicadores foi longo e contou com a participação de diversos ministérios e órgãos do Governo Federal, além de programas e organismos das Nações Unidas.

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