terça-feira, 11 de novembro de 2014

Redação do Enem 2014: texto da BBC Brasil serviu de base

Um texto publicado pela BBC Brasil sobre a polêmica em torno da publicidade infantil foi usado como base para a prova de redação do Enem de 2014.
Com um jornalismo que busca, sempre, a imparcialidade e também inserir o Brasil em um contexto internacional, a BBC Brasil vem aumentando seu número de leitores no País. Em outubro, nosso conteúdo em português alcançou 11,8 milhões de usuários únicos.
O conteúdo da BBC Brasil está disponível no nosso site (www.bbcbrasil.com), nos principais canais de mídia social, como Facebook, Twitter e Google + e também pelo celular com um novo site que se adapta automaticamente a qualquer formato de dispositivo móvel.
Veja abaixo, o texto que serviu de base para a prova de redação do Enem de 2014.
A aprovação neste mês de uma resolução que considera abusiva a publicidade infantil, emitida pelo Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), deu início a um verdadeiro cabo de guerra envolvendo ONGs de defesa dos direitos das crianças e setores interessados na continuidade das propagandas dirigidas a esse público.
A resolução do órgão, ligado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, abrange anúncios com linguagem, trilhas sonoras e distribuição de brindes de apelo ao público infantil em anúncios em mídias como TV, sites, rádio, revista e jornal, assim como propagandas em embalagens e merchandising.
Elogiada por pais, ativistas e entidades preocupadas com o crescimento dos índices de obesidade infantil, como o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), ela estabelece como abusiva toda a propaganda dirigida à criança que tem "a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto ou serviço" e que utilize aspectos como desenhos animados, bonecos, linguagem infantil, trilhas sonoras com temas infantis, oferta de prêmios, brindes ou artigos colecionáveis que tenham apelo às crianças.
Ficam de fora, segundo a resolução, campanhas de utilidade pública referente "a informações sobre boa alimentação, segurança, educação, saúde, entre outros itens relativos ao melhor desenvolvimento da criança no meio social".
Ainda há dúvidas, porém, sobre como será a aplicação prática da resolução. E associações de anunciantes, emissoras, revistas e de empresas de licenciamento e fabricantes de produtos infantis criticam a medida e dizem não reconhecer a legitimidade constitucional do Conanda para legislar sobre publicidade e para impor a resolução tanto às famílias quanto ao mercado publicitário.

O debate sobre a validade da resolução também envolve a questão de como serão aplicadas punições, o que torna a questão ainda mais complicada e intensifica a disputa jurídica sobre ela.

Nenhum comentário:

Postar um comentário